Pular para o conteúdo

Renault Boreal: Mais um modelo globalizado

Renault Boreal: Mais um modelo globalizado

Depois do lançamento do Kardian, com o SUV Boreal a Renault avança na estratégia de mirar na venda de veículos maiores (e mais caros)

Um olhar atento para os veículos que ocupam nossas ruas vai notar a incidência cada vez maior de modelos que costumamos chamar de SUVs compactos ou médios. Eles são mais altos que hatches e sedans, em alguns casos trazem mais espaço interno, mas não são muito maiores, em comprimento, que exemplares de outros segmentos mais tradicionais – como os hatches e sedans que citamos, por exemplo. As montadoras chamam o segmento desses carros de C-SUV. Eles estão em um patamar de preço que a classe média alta, com algum esforço e financiamentos longos, consegue comprar.
A Renault, que durante anos investiu em alternativas compactas mais “acessíveis” como Clio, Sandero e Logan, decidiu parar de investir nesse segmento (deixando nele apenas o minúsculo Kwid) e deixou claro que sua aposta, agora, está nos C-SUV. No Brasil, depois do Kardian – o primeiro a marcar essa mudança – chegou a vez do Boreal.
Definido como uma nova etapa na estratégia de expansão internacional da Renault neste segmento, o Boreal também é destinado a mercados fora da Europa que, segundo a empresa, abrangem mais de 70 países. “Estamos nos baseando em cinco polos estratégicos – América Latina, Norte da África, Turquia, Índia e Coreia do Sul – com a ambição de dobrar nosso faturamento por veículo”, afirma Fabrice Cambolive, CEO da montadora francesa.
O Boreal é baseado na nova plataforma modular que foi inaugurada no Kardian. “Uma das principais vantagens desta plataforma é a arquitetura elétrica e eletrônica de última geração. Projetada para ser compatível com as regulamentações atuais e futuras, ela abre caminho para a integração de tecnologias embarcadas com forte valor agregado. O Boreal é uma demonstração dessa estratégia, sendo o primeiro da marca a oferecer o sistema de infoentretenimento Google Automotive Services fora da Europa”, destaca a Renault.
Começando por essa comodidade, o sistema multimídia OpenR Link permite, em uma interface unificada, acesso a ferramentas como Google Maps, Waze, Amazon Music, Prime Video e HBO MAX. O painel é duplo, com duas telas de 10 polegadas. A primeira exibe as informações relacionadas à condução e a outra é a da central multimídia.
Os bancos dianteiros são elétricos, com memória de posição e massagem para o motorista. O carro também pode conter console central refrigerado, duas portas USB-C na frente, carregador por indução, ar condicionado automático dual-zone e, para os passageiros do banco traseiro, saídas de ar dedicadas e duas portas USB-C.
O motor do modelo é o turbo 1.3 TCe associado ao câmbio EDC de dupla embreagem, que já é usado no Kardian. Ele é bicombustível e tem até 163 cavalos de potência e torque de até 270 Nm. Segundo a Renault, “a tecnologia de dupla embreagem úmida, que estreou com o Kardian, é uma importante vantagem competitiva nos países da América Latina, já que otimiza o resfriamento da embreagem e aumenta a durabilidade”.
Em relação a segurança e assistência ao motorista, são até 24 sistemas disponíveis (não foram informadas versões e itens de cada uma). Dentre eles podem ser citados: Alerta assistência de permanência em faixa, Alerta de ponto cego, Alerta de saída segura dos ocupantes (OSE), Alerta de tráfego cruzado traseiro (RCTA), Frenagem automática de emergência (AEBS), Sensor de fadiga e Assistência de Condução Ativa (controle de velocidade adaptativo com Stop&Go, permitindo que o veículo se mantenha a uma distância segurança do que está à frente).
Segundo a fábrica, o Boreal começará a ser vendido até o fim de 2025. Não há informações oficiais sobre preços e versões. A estimativa é que o modelo fique em uma faixa de R$ 200 mil a R$ 250 mil.